Formadores de Mercado: Papel Essencial na Liquidez e Eficiência das Negociações

No cenário financeiro, os formadores de mercado, conhecidos pelo termo em inglês market makers, desempenham um papel indispensável para garantir liquidez e manter a eficiência nas negociações de diversos ativos.
Essas instituições autorizadas assumem o compromisso de oferecer, de forma contínua, propostas de compra e venda de determinados ativos, facilitando a execução de negociações e contribuindo para reduzir riscos de manipulação de preços.
O que é o market making?
O market making é um serviço prestado por empresas credenciadas pelas bolsas de valores, com o objetivo de assegurar que haja liquidez suficiente para os ativos negociados.
Esse mecanismo surgiu como uma solução para períodos em que a liquidez no mercado era escassa, gerando spreads elevados e dificultando as operações. Ao oferecer simultaneamente propostas de compra e venda, os market makers garantem um fluxo constante de negociações, favorecendo traders e investidores.
No Brasil, essa atividade é bastante comum na B3, onde empresas autorizadas atuam de forma regular, melhorando a qualidade das transações e tornando o ambiente mais seguro e previsível para todos os participantes.
Quem são os market makers?
Os market makers podem ser corretoras, bancos ou outras instituições financeiras registradas na bolsa de valores. Sua função é manter ofertas de compra e venda ativas no book de ofertas, cobrindo diferentes níveis de preços para os ativos aos quais estão vinculados.
Na prática, isso significa que estão sempre presentes nos dois lados da operação, preparados tanto para comprar quanto para vender, permitindo que outros investidores encontrem contraparte para suas ordens com rapidez e previsibilidade.
Essa atuação constante ajuda a mitigar oscilações bruscas, reduz o risco de manipulação e proporciona maior segurança para todos os participantes do mercado.
Como funciona e por que é importante?
A atuação de um market maker não é aleatória. Ela segue parâmetros específicos, que incluem:
-
Quantidade mínima de ativos que devem estar sempre disponíveis para compra e venda.
-
Spread máximo, ou seja, a diferença permitida entre o preço de compra e o preço de venda.
-
Percentual de atuação, que define por quanto tempo, dentro de uma sessão de negociação, essas ofertas devem permanecer ativas.
Esses parâmetros variam conforme as características do ativo e as condições de mercado, garantindo que a liquidez seja mantida de forma eficiente.
Processo de credenciamento
Para atuar como market maker, a instituição precisa passar por um processo formal de credenciamento junto à bolsa de valores.
No caso da B3, o registro pode ser feito diretamente, ou a contratação pode ocorrer por meio de emissores de títulos que desejam melhorar a liquidez de seus ativos. A própria bolsa também pode nomear market makers para determinados ativos, dentro de programas criados para fomentar a negociação.
Relevância para o mercado
O trabalho dos formadores de mercado é vital para que investidores consigam comprar ou vender ativos sem grandes variações de preço, mesmo em períodos de menor movimentação.
Ao garantir que sempre haja ofertas disponíveis, eles reduzem o custo das transações, aumentam a confiança dos participantes e contribuem para um ambiente de negociação mais estável e eficiente.
Em resumo, sem a atuação dos market makers, o mercado poderia enfrentar mais volatilidade, maiores spreads e menor atratividade para investidores, especialmente os de perfil institucional.